O Enoturismo, ou turismo do vinho, é um segmento da atividade turística em que a viagem é motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e das tradições e cultura das localidades que produzem esta bebida, proporcionando uma experiência sensorial para o turista, movimentando e dinamizando a economia local.
Com o objetivo de fomentar a atividade,o Ministério do Turismo, por meio do Departamento de Ordenamento do Turismo (DEOTur), realizou no dia 4 de novembro, na sala de coletivas do FESTURIS Gramado, o seminário “Enoturismo no Brasil: Potencial e Oportunidades de Desenvolvimento”.
O seminário reuniu gestores públicos, empresários e especialistas para debater as possibilidades de ampliação do segmento. O ministro do Turismo, Marx Beltrão, que participou da abertura do FESTURIS Gramado no dia 3 de novembro, avalia o enoturismo uma forma de movimentar o turismo. “Este é um segmento muito promissor tanto pelo seu potencial de atrair turistas como pela geração de divisas. Queremos incentivar o Enoturismo para que ele seja ainda mais bem aproveitado”, enfatizou.
Para a secretária de turismo de Garibaldi, Ivane Fávero uma feira como o FESTURIS é importante para entender o público que as empresas que fazem parte do Vale dos Vinhedos querem captar. “Hoje temos novas formas de vender o Enoturismo. Precisamos usar as mídias sociais, a comunicação como um todo para promover o Brasil e o Enoturismo. Precisamos desenvolver produtos de acordo com o mercado que eu quero captar”, afirmou a secretária.
O presidente da Associação Brasileira Sommeliers (ABS), Maurício Roloff, acredita que as vinícolas estão apostando cada vez mais em experiências ao público uma vez em que os vinhos produzidos no Brasil ainda não se destacam no exterior. “Para o exterior ainda é uma surpresa quando falamos que produzimos vinho no Brasil. Ao invés de vermos isso como um desafio, vimos como uma oportunidade e uma chance de servir uma primeira experiência para essas pessoas”, reconhece.
Para o secretário de Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul, Victor Hugo, que também esteve presente no seminário, “é importante ouvir o que o empreendedor tem a dizer. Sabemos que o investidor do Enoturismo tem um discurso for- te, que busca o resultado”.
O seminário abordou pontos como as possibilidades de ampliação do segmento a partir da associação com outras cadeias produtivas, a exemplo de gastronomia e hospedagem. “Nessa parceria com o Ministério, a gente pretende fomentar novos investimentos nas regiões enoturísticas”, fala o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini.
LINHAS DE CRÉDITO
Segundo o Departamento de Ordenamento do Turismo do MTur, os empréstimos concedidos por bancos federais ao setor turístico somam R$ 4,48 bilhões de janeiro a junho deste ano. Os recursos se destinam a projetos como a constru- ção e a reforma de hotéis, bares, restaurantes e parques temáticos. Desde 2003, ano de criação do Ministério, os valores financiados na área passaram de R$ 1,09 bilhão e atingiram a marca dos R$ 10,9 bilhões em 2015.
A Caixa Econômica Federal foi responsável pela maior parte do crédito (46,8%), seguida do Banco do Brasil (39,5%), do BNDES (7,1%), do Banco do Nordeste (4,6%) e do Banco da Amazônia (2%). O MTur trabalha na interlocução junto às instituições financeiras, com o objetivo de ampliar e melhorar as condições dos empréstimos.
